Sabores de tutti-frutti e estampas de super-heróis chamam a atenção das crianças nos corredores de supermercados e farmácias. Mas os dentistas alertam: nem sempre estes são o melhor tipo de pasta de dente para crianças. O que os pais devem procurar na embalagem é a informação sobre flúor. O ideal é a pasta que tenha uma concentração de 1100 ppm de flúor, que promove mais eficácia no combate à cárie também para adultos.
O flúor foi considerado um vilão da higiene bucal infantil por muito tempo, como explica a odontopediatra Patricia Blaya Luz, do Nasce Criança. Então, sim: a concentração maior de flúor é a melhor opção. “Existem pastas com concentração baixa de flúor (450 ppm – 650 ppm), mas, no nosso entendimento, não temos indicação para usar essas pastas. As pesquisas mostram que elas não são capazes de combater à cárie como as de 1100 ppm e também não causam menos fluorose”, informa.
A fluorose citada por Patrícia acontece quando as crianças pequenas ingerem a pasta de dente em uma quantidade excessiva. A concentração de flúor no sangue pode aumentar influenciando na na formação dos dentes permanentes. Para isso não acontecer, a pasta de dente deve ser guardada fora do alcance das crianças e utilizada em uma quantidade mínima.
Use a referência do tamanho de um grão de gergelim para as crianças pequenas. É comum vermos em propagandas de pasta de dente a colocação de um exagero do produto, o que não corresponde à maneira correta de utilizar em casa.
Crianças de 2 anos já podem usar o tamanho de um grão de arroz e depois dos 4 anos essa quantidade pode aumentar para um grão de ervilha.
O mercado oferece também opções de pastas dentárias sem flúor. A odontopediatra indica que essa opção seja utilizada durante a escovação na escolinha ou quando as crianças ficam sob cuidado de terceiros, pois os pais não têm como controlar a quantidade usada.
Quer saber como funciona a consulta ao odontopediatra, o especialista no atendimento infantil? Confira as orientações no vídeo abaixo:
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